As Leis Universais 10, 11 & 12 (Contrários; Polaridade & Ritmos)

Hoje vamos concluir o tema (específico) Leis Universais pois não deixaremos de as levar em consideração, é essa a finalidade do conhecimento.😉

Vamos a isso...

10- Lei do Género/ Contrários

Para que algo seja perceptível é necessário que exista um contraste. Para que consigamos definir a sombra, temos de saber o que é luz. Para sentirmos a verdade temos de ter a mentira, como contraste. Para valorizarmos a alegria é necessário que tenhamos experimentado a tristeza, pois apenas desta forma podemos apreciar algo que nos permita ver o seu contraste.

11 -Lei da Polaridade / Desigualdade

Para que haja movimento tem de haver desigualdade/ polaridade.

Imaginemos a condução eléctrica, que permite a passagem de electricidade. Apenas conseguimos uma passagem de corrente quando temos um pólo positivo, um pólo negativo e um elemento condutor. 

Assim, a desigualdade permite que haja excitação, ou seja, movimento. Se não houvesse desigualdade, por exemplo, de pensamento, jamais haveria inovação, desenvolvimento, adaptação, mudança, causa e efeito. 😊

Na divergência de opiniões conseguimos chegar à inovação, pois se todos pensássemos da mesma forma não conseguiríamos evoluir nem criar nada nem para nós, nem para os outros, nem para o mundo do qual fazemos parte. Por essa razão, é também importante, que exista respeito pelas diferentes formas de pensamento, elas são o ingrediente essencial tanto para o positivo como para o negativo. 

Oscilamos sempre entre a polaridade positiva e negativa e é no intervalo entre elas que tudo acontece. O objectivo é que consigamos viver de forma equilibrada entre ambos os pólos. Não é fácil, mas também não é impossível 😉

Ao reconhecermos a polaridade da vida, somos mais capazes de relativizar as situações, os pensamentos, de desconstruir os "problemas", de aceitar os desafios. 

Como já vimos, todos temos o nosso livre-arbítrio, e com ele escolhemos de que lado queremos viver. A luz ou a sombra, a escolha, é sempre nossa. 

12- Lei da Gestação/ Ritmos

Tudo tem um movimento próprio, um ritmo característico. Estes ritmos geram ciclos, fases de desenvolvimento, alturas chave, onde trabalhamos determinadas aprendizagens nas nossas vidas. A existência destes ciclos expressa a regularidade na qual ocorre determinada manifestação. 

Ao analisarmos esta Lei segundo a fase que atravessamos, podemos ver, que estamos na viragem de mais um ciclo, onde vivemos a aprendizagem que a pandemia nos está a trazer, tal como aconteceu, na ocorrência de outros ciclos anteriores. 

Todas as leis trabalham em concordância umas com as outras, como já vimos. Não se anulam, não se sobrepõem, não se dissipam, e sempre expressam toda a sabedoria do Universo.

Assim, durante os diversos ciclos, iremos ter sempre, pólos positivos e negativos, pois ambas as energias existem, e são essenciais à nossa caminhada, ao equilíbrio do Universo.

Lei da Resistência

Todas as aprendizagens às quais a nossa reacção seja a resistência, vão ser dificultadas, na mesma medida em que apresentamos essa resistência. Ao resistir por desconhecimento, somos ignorantes pois receamos obter esse mesmo conhecimento. 

A vida flui, a partir do momento em que a esta, não ofereçamos resistência. Isto não significa que devemos dizer que sim a tudo, significa que na realidade, a única coisa que conseguimos "controlar" (num sentido educativo) é o nosso próprio ser. Quanto mais resistimos, mais dificultamos a nossa própria vida, mais difícil se torna o desafio, mais exigente é a aprendizagem.

Uma das coisas que mais nos leva a resistir é a ignorância que temos sobre o fluxo do Universo. Outra que também ocupa o lugar de destaque é o medo, o "mestre" das resistências pois por medo resistimos a tudo...

O medo tem a sua origem nos campos emocional e mental (como se ambos se juntassem em um só, o que pensamos e o que sentimos). O medo prende-nos, impede-nos de vivermos a plenitude da vida, aumenta a nossa resistência e dificulta de forma paralisante a nossa capacidade de sermos flexíveis.

(Texto sobre a flexibilidade)

Lei da Reflexão 

Para conseguirmos fazer uma reflexão, temos de ter alguma capacidade de reconhecimento. No entanto, só reconhecemos o que nos é familiar. Quando desconhecemos determinado tema, dificilmente podemos reflectir sobre o mesmo, pois no fundo, ignoramos o seu significado. 

Tudo o que conseguimos identificar é algo que está, ou já esteve, presente em nós. Os medos, receios, "gostos" e "desgostos" são expressos na noção que temos do outro e do mundo. No fundo, só tendo o conhecimento é que podemos reflectir, só mergulhando interiormente é que adquirimos a verdadeira capacidade de reflectirmos sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo. 

Qualquer reflexão "lógica" no sentido das "ciências da humanidade", é outro tipo de raciocínio, está associado à razão, à lógica, no entanto, para que este se dê é necessário que haja, sempre, um conhecimento específico.

Lei da Adaptação 

Todos os seres que habitam neste plano têm a capacidade de se adaptar. Todas as espécies desenvolvem algum tipo de adaptação, mesmo nos reinos da microbiologia podemos ver isso. Os vírus e as bactérias, por exemplo, adaptam-se com relativa rapidez, ao mundo em que se encontram. 

O objectivo primordial da existência é a vida, assim, todos temos essa capacidade adaptativa, mesmo que esta se encontre "meio adormecida". Enquanto seres humanos temos a capacidade de nos adaptarmos a todas as situações que possam surgir. 

O que estamos a viver, por exemplo, expressa bem a capacidade que temos desenvolvido de estarmos "sujeitos" a determinadas restrições que não existiam, até aqui chegarmos. Todo o mundo está a viver uma gigante adaptação e esta implica, naturalmente, coisas que consideramos positivas e outras que achamos serem negativas. Implica uma adaptação urgente a uma realidade diferente e esta, apenas é possível, de forma consciente, perante uma reflexão individual e colectiva.

Nós, enquanto espécie, alteramos o meio de forma a tirarmos deste o maior benefício. Como todas as acções geram uma reacção, vemos que a Natureza dá-nos a sua resposta, adaptando o seu organismo à nossa existência. Se pensarmos no nosso organismo, quando temos uma doença, por exemplo uma situação parasitária, surgem um conjunto de sinais e sintomas, pois existe alguma coisa que está a causar desequilíbrio no nosso corpo. O nosso organismo tenta "combater" o invasor da mesma forma, o mundo tenta combater as invasões que tem sofrido nos últimos séculos. 

Tal como nós somos, assim é o Mundo. 😉

Apesar de todos termos a capacidade de nos adaptarmos, a forma como nos adaptamos é, mais uma vez, uma escolha inteiramente nossa. Se começarmos a pensar de forma negativa, o processo será muito mais doloroso. Por outro lado, se relativizarmos a situação, o processo torna-se mais tranquilo, sereno, produtivo.

Que caminho vais tu escolher?

Aplicação das Leis Universais à nossa Vida

As Leis Universais ensinam-nos, que a harmonia depende do equilíbrio entre dar e receber, entre o positivo e o negativo. Entre a acção e a reacção...

Se observarmos os ensinamentos que as Leis nos transmitem conseguimos, com determinação, agir em concordância com o fluxo de energia do Universo. Apesar de todos termos as nossas crenças, devemos desenvolver a capacidade de sermos flexíveis e adaptáveis a uma melhor forma de vivermos a vida. É uma adaptação constante, como se fossemos diamantes em processo de lapidação. É um trabalho que começa e não termina, é a maravilha do crescimento, da aprendizagem. 😉

Verdades, como costumo dizer, existem muitas, depende da cabeça de cada um de nós. Existem tantas verdades quanto pessoas no mundo e somos muitos, aproximadamente 7,7 biliões de pessoas no planeta. Já imaginaram a quantidade de verdades que existem, só, no nosso planeta? 😮 

As Leis Universais ajudam-nos a ver o Universo de forma mais simplificada. A mim, pessoalmente, foi das simplificações que mais me ajudou a olhar para a vida de outra forma. Com base nestes princípios sigo a minha caminhada e de todo, que não me arrependo. É um processo que se inicia e não tem fim. Existe muito mais dentro de cada um de nós, do que à partida possamos imaginar. Como tudo, também nós temos a polaridade positiva e negativa, e a aprendizagem de ambas é sem dúvida o caminho mais promissor para a busca da felicidade. Esta deve, no entanto, ser alcançada não como meta mas sim, como caminhada. 
A felicidade nada mais é do que um estado de consciência pleno onde conseguimos enxergar mais do que os olhos vêem, onde vamos à essência da própria vida. 

Se gostaste deste tema e queres aprender mais vê aqui

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Petra Silva (Mytic Soul)